"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

VELHA É A MÃE!

Eu sou mãe, mas não sou velha. Afinal só tenho 37, apesar de hoje ser dia 27. Só que isso nada tem a ver com o que vou escrever agora!

Ontem, dia em que comemorei meu natalicio, fui ver a peça estrelada por Louise Cardoso e Ana Baird, o texto é de Fábio Porchat (aquele do Zorra Total, Comédia em pé e do novíssimo Junto e Misturado).

A peça é divertida, bem escrita e produzida.
O cenário? mais vermelho impossível.
Foi uma excelente escolha ter assistido essa produção. Embora no finalzinho o som não estivesse na mesma sintonia que as atrizes, não comprometeu muito.
De uma forma super humorada foi mostrado pontos interessantes da vaidade da mulher, da obsessão pelo corpo e malhação, e que isso não deixa que enxerguemos que o mais válido em qualquer relação é a sintonia, a paz de viver uma vida tranquila. São exigências impostas para as mulheres a medida que vão envelhecendo. E absorvemos isso como se fizesse parte natural da nossa vida.
Se não é, quando nos daremos conta?
A historia é sobre uma mulher setentona, que não admite a idade que tem e foi trocada por outra pelo marido. O surpreendente é quando ela descobre que foi trocada por uma anciã, mas velha do que ela. Sua filha Alice, representada por Ana Baird, tenta dar o apoio que ela precisa. Os diálogos travados por elas são uma montanha russa de emoções.
Não interessa por quem foi você foi trocada, por uma mulher mais jovem, mais velha, homem ou futebol. Ser descartada dói de qualquer jeito, e sempre achamos argumentos imorais e inválidos pra justificar a troca.
Valeu muitissimo. 
Quer uma dica: Veja a peça. Está no teatro Miguel Falabella no Norte Shopping/RJ. 
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