"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CANTO DAS TRÊS RAÇAS




Estava em direção a escola da minha filha para buscá-la, comecei cantarolar todas as músicas conhecidas da Portela, logo, logo cheguei em Clara Nunes. Sou admiradora desta voz e presença de palco inesquecivel. Já que se aproxima as eleições nada como essa letra, pra relembrar a esse povo, brasileiro, sofrido e alheio a todos os acontecimentos. Um povo forçado a conviver com a forjas. Seguimos nesta seara marcado como bois, contidos numa indecisão em fazer a diferença.

Canto Das Três Raças
Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De
paz em guerra
Todo
o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor

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