"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Todo mundo tem um dia de deprimido.

Para escrever este post relembrei da história da Adriana Calcanhoto, aliás que oficializou sua união, neste mês, com a cineasta Suzana de Moraes. O que quero pincelar não é o casamento, mas o período em que ela escreveu um livro mais ou menos uns dois anos atrás , em virtude de um surto psicótico decorrente de medicamentos (segundo ela).


"Escrever foi a única coisa que restou. Porque, quanto mais eu pensasse no futuro --quanto tempo vai ser, se vai passar--, com a pressão de cancelar entrevistas e shows, a escrita era o que me mantinha no presente, era o que eu intuí que seria a coisa mais sábia a fazer, para não ficar pensando naquilo", conta Calcanhotto."http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=1478


Eu acredito que as pessoas vivem em uma gangorra de sentimentos, por vezes se neutralizam face a vida corrida mesmo. No entanto tem momentos que fica impossível segurar a barra, seja pelas desilusões da vida ou a baixa estima que você tem por si mesmo. Acordar todos os dias não é tão fácil quanto parece, há um programa ritualistico que por vezes queremos esmurrar. Mas não podemos.
São barreiras e ciladas convencionais que armamos para nós mesmos. Eu já escrevi em estado de contentamento e também nos piores momentos, e gosto sempre mais deste último, porque as palavras são mais cruéis,  tem uma acidez que ambiciona corroer a humanidade.

O Grito é uma pintura do norueguês Edvard Edvard Munch, datada de 1893.
Em agosto de 2004, foi roubada do Museu. Encontrada dois anos e meio depois.

Tem dias bons e dias péssimos. Vou relembrar aqui o que escrevi nos dias mais amargos, achincalhando a dor. Embora a palavra exorcize alguns demônios, quando se está deprimido é melhor que a dor cumpra o seu papel: o de doer mesmo, até o final.
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