Foto: Hugo Ribeiro/vc repórter |
Uma grande histeria e intranquilidade contamina minha cidade. O que diriam os antigos poetas se observassem as cenas destes últimos dias, como se pronunciariam Noel e Cartola pelas atitudes pecaminosas de descalabro que amedrontam os cidadãos. É uma pena vivenciar os dias no Rio de Janeiro. Com receios estampados nos rostos procuramos acalmar nossos corações que intimamente reconhecem que chegamos a um poço profundo de descaso, corrupção e abandono.
Saímos sem saber se voltaremos, ou experimentaremos o absurdo de sermos arrancados de ônibus e carros para um terrorismo, que faz tempo deu todas as pistas do clímax.
O que faço? Pego minhas armas e repito as cenas de Michael Douglas?
Não sei onde as coisas chegarão!
É certo que alguma hora há de se acalmar. Seja pela coragem ou um acordo profano de paz assinado por debaixo dos panos.
Só sinto e sei de uma terrível questão, neste insodável caminho da liberdade, vejo que a população se encarcera desesperadamente desejando que a violência nunca derrube sua porta, pois a intranquilidade já arrombou seu coração.
2 comentários:
Quem me dera amiga, que todas as pessoas enxergassem essa situação com as nuances reais que ela tem. Quem me dera que todos pensassem como você aqui define e eu compartilho. Mas, infelizmente, muitos ainda acreditam em mocinhos e bandidos e aceitam o paliativo dessas guerras ocasionais. Uma consciência plena e livre de preconceitos seria o ponto de partida para a mudança real. Parabéns pelo post!
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