"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." (Clarice Lispector)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Rio de Janeiro experimenta o desespero.

Foto: Hugo Ribeiro/vc repórter

Uma grande histeria e intranquilidade contamina minha cidade. O que diriam os antigos poetas se observassem as cenas destes últimos dias, como se pronunciariam Noel e Cartola pelas atitudes pecaminosas de descalabro que amedrontam os cidadãos. É uma pena vivenciar os dias no Rio de Janeiro. Com receios estampados nos rostos procuramos acalmar nossos corações que intimamente reconhecem que chegamos a um poço profundo de descaso, corrupção e abandono.
Saímos sem saber se voltaremos, ou experimentaremos o absurdo de sermos arrancados de ônibus e carros para um terrorismo, que faz tempo deu todas as pistas do clímax.
O que faço? Pego minhas armas e repito as cenas de Michael Douglas?
Não sei onde as coisas chegarão!
É certo que alguma hora há de se acalmar. Seja pela coragem ou um acordo profano de paz assinado por debaixo dos panos.
Só sinto e sei de uma terrível questão, neste insodável caminho da liberdade, vejo que a população se encarcera desesperadamente desejando que a violência nunca derrube sua porta, pois a intranquilidade já arrombou seu coração.
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2 comentários:

FB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FB disse...

Quem me dera amiga, que todas as pessoas enxergassem essa situação com as nuances reais que ela tem. Quem me dera que todos pensassem como você aqui define e eu compartilho. Mas, infelizmente, muitos ainda acreditam em mocinhos e bandidos e aceitam o paliativo dessas guerras ocasionais. Uma consciência plena e livre de preconceitos seria o ponto de partida para a mudança real. Parabéns pelo post!