"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome." (Clarice Lispector)

domingo, 7 de novembro de 2010

Feliz demais, até mesmo comprando em lojas de 1,99.

Em minha fascinação pelas palavras tenho certa indignação com quem só escreve sobre dramas, violências, afrontas, inconstâncias. As palavras carregam o peso de fazer coisas se concretizarem. Daí gosto de escrever também para expressar minha felicidade, minha contemplação, minha excitação.
Por mais que supersticiosos de plantão afirmem que expor a felicidade atrai olho gordo, eu não ligo nem um pouco, creio que vale mais a sentença positiva do que apenas uma depreciativa.
Pois bem, como estou em uma fase venturosa, apesar dos quilinhos extras, decidi revelar o quanto é bom ser amada, ser protegida e desejada. Eis aqui uma mulher que sente seu coração preenchido, que às vezes até dói, por estar completo no amor e nas sensações.
O quanto é imperioso ter uma casa, que foge a passos largos de um castelo encantado, já que as baixelas de prata converteram-se em melanina. E os copos ? Quase impublicáveis, pois se estou alegre quebro um, se zangada arremesso dois. Copos só os de R$1,99.

Voltando....
O quanto é imperioso ter uma casa, um lar que te acolhe nas circunstâncias oportunas, uma sala que te entende, como se o fim do mundo estivesse próximo, um quarto que te abraça e no escuro você sabiamente compreende todos os cantos, pois suas mãos não tateiam, elas enxergam qualquer coisa na imensidão do breu.
O quanto é especial conhecer novas pessoas, e de trocar impressões, aprendendo conceitos que lhe eram estranhos até então. E jogar conversa fora, rindo de piadas bobas, e também falar sério quando há oportunidade. Simplesmente porque ao se revelar há um desejo premente que outros te conheçam do jeito que você é, sem laços de fita e papel para presente.

É fantástico quem não tem a alma dura!
Nunca experimentarei o fel de quem chicoteia o diferente.
Nunca terei ganância e inveja sobre os troféus e conquistas dos outros.
Jamais trarei a mão da discórdia e do julgamento sobre ninguém.

Porque eu experimento um espírito liberto do jugo das opiniões e faço parte de um grande conceito: A VIDA.

Eu sou feliz, por mais adversidades que já tenha passado, ainda que minha herança familiar (como toda família) seja uma novela composta com alguns capítulos feios e alegres.

Esta vida está aqui mesmo na palma das minhas mãos selando compromissos e laços dos quais compartilho com prazer com meu
marido
meus filhos
meus amigos
com conhecidos e desconhecidos
comigo imensamente


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3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Erica !!!

Que texto contagiante !!! Adorei !!
Também concordo que devemos sim espalhar nossa felicidade por aí, contagiar o mundo com esta luz e alegria !!
É muito bom ter um lar que nos recebe perfumado de amor e aconchego !
E saber aprender com as adversidades, afinal todos passamos por algumas delas na vida, mas isso não tira a beleza do caminho !
Lindo !
Um super beijo !

Erica disse...

Puxa, é bom demais quando as pessoas nos entendem tão profundamente. Sam, obrigada mesmo.

FB disse...

Amigaaaa,

Que prece linda! Sim, uma prece de agradecimento que todos nós devemos recitar todos os dias incansávemente. Agradecer pelo que temos de bom, prata ou melanina!
Sobre a luta diária contra os monstros hereditários só posso dizer que você não está só (rsss)! Ser feliz depende mais de nós mesmo do que supõe nossa vã filosofia...