...naquela roda de amigos à beira-mar rolava um clima quente, agradável pra quem quer ser forjado na brasa. Enfim, amigos aditivados pelos vapores do alcool entraram numa célebre exposição de tatuagens. Cada um revelava a seu modo as histórias de suas tatoos. As estrelinhas que remetiam ao cosmo, patinhas que demonstravam o amor aos animais, riscos que transportavam a raios imaginários (embora pareça uma cabeça de galo com crista e tudo). Sem excluir as bruxas, as rosas e superman. Mas chega a hora de um deles que ao palmilhar cada espaço do seu corpo, espanta-se por não ter nenhum rabisco. Nada mesmo!
Por AMOR a arte contemporânea declara que tatuará a MORTE no seu braço. Para espanto da liberdade a maioria perturba-se na areia.
Argh! chiam uns.
Que que isso? vociferam outros.
De uma sutileza espaçosa, nosso amigo, ateu por declaração, fala que a morte é o nada. E se todos irão experimentá-la, porque não admirá-la.
Insurgiu em mim um sentido plausível dessa interferência social que um grupo tende a presionar o outro, seja pela retórica ou violência, sempre um suplanta o desejo do outro.
Comportam-se assim os alunos assassinos, os pais, os políticos e a maior parte do que nos rodeia.
Neste dia lindo, que tal se eu odiar o mar? E fazer cocô a vista de todos? Discordar da conta e me recusar a pagar?
Que ideia é essa de gado que incutiram na gente! Será que implantaram um chip sem que nos apercebessemos?
Declaro-me então:
A favor das MORTES no corpo.
De tocar fogo nas ROSAS.
Espetem FACAS no galo.
E quanto ao universo até que preservo, desde que tenham ETs de corpos sexys com peitos grandes e bundas de silicone.
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